sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Fichamento e resumo-Ódio à democracia, Jacques Rancière.


RANCIÈRE, Jacques. O ódio à democracia. Tradução Maria Echalar.São Paulo:Boitempo, 2014

INTRODUÇÃO
• Democracia: reino dos desejos ilimitados dos indivíduos da sociedade de massa moderna.p.8
• Leis e instituições da democracia formal:são as aparências por trás das quais e os instrumentos com os quais se exerce o poder da classe burguesa.p.9
• Democracia real:democracia em que a liberdade e a igualdade não seriam mais representadas nas instituições da lei e do Estado, mas seriam encarnadas nas próprias formas da vida material e da experiência sensível (diálogo com Maffesoli).p.9
• Novo sentimento antidemocrático: traz uma versão mais perturbadora da fórmula.O governo democrático é mau quando se deixa corromper pela sociedade democrática que quer que todos sejam iguais e que todas as diferenças sejam respeitadas.p.10
• Ódio à democracia: pode ser resumido então em uma tese simples: só existe uma democracia boa, a que reprime a catástrofe da civilização democrática.p.11

DA DEMOCRACIA VITORIOSA À DEMOCRACIA CRIMINOSA

Rancière busca desconstruir o lugar da democracia como a utopia da realização da liberdade e da vontade coletiva.Em contrário, o autor francês compreende que leis e instituições da democracia formal "são as aparências por trás das quais e os instrumentos com os quais se exerce o poder da classe burguesa” (2014, p.9).A democracia real seria então uma forma de controle e dominação,se advinda do Estado,e só poderia ser identificada ,não pela forma da lei, mas nas formas da vida sensível, no que se compreende uma aproximação com a ideia da transfiguração do político de Michel Maffesoli.Como conceito central, Rancière define que o ódio à democracia se revela na ideia de que "só existe uma democracia boa, a que reprime a catástrofe da civilização democrática” (idem,ibidem.p.11)
Há, de fato, uma transformação do ideário democrático moderno, que Rancière compreende como totalitário, onde os indivíduos isolados têm prevalência às crenças coletivas, para a crise do governo democrático e das instituições que garantem que a presente democracia persista.O autor não compreende no entanto que houve uma total revolução no cerne do Estado democrático, mas que, por definição este era formada de direitos humanos ilusórios e de um Estado de exceção como condição fundamental.Nesse viés, as liberdades são substituídas pela burguesia pela única e possível liberdade do comércio.Ora,se as práticas sociais se transformam, no tempo contemporâneo, abarcando a crise de representação política sobre a qual falaram,a seu modo, Sodré, Paiva e Maffesoli, compreende-se que a escola, como formadora e reprodutora dos valores da sociedade dominante, também fracassa.
• Democracia: é a desordem das paixões ávidas de satisfação.p.14
Como forma de vida,política e social,é o reino do excesso.p.17
• Estado:tem o poder de controlar a desordem democrática.p.14
• Bom governo democrático: aquele capaz de controlar um mal que se chama simplesmente vida democrática.p.16
• Crise do governo democrático:o que provoca a crise do governo democrático é a intensidade da vida democrática.16
• Boa democracia: forma de governo e de vida social capaz de controlar o duplo excesso de atividade coletiva ou de retratação individual inerente à vida democrática.p.17
• Democracia moderna: significa a destruição do limite político pela lei de eliminação própria da sociedade moderna.p.19
• Judeus e democracia:estão em oposição radical.Essa tese marca a reviravolta daquilo que, na época da guerra dos seis dias ou do Sinai,ainda estruturava a percepção dominante da democracia.p.21
• Contrário da democracia:totalitarismo:
• Estados totalitários:
1. aqueles que, em nome da força da coletividade, negavam ao mesmo tempo os direitos dos indivíduos e as formas constitucionais da expressão coletiva, eleições livres,liberdade de expressão e associação.p.21
2. Suprimia a dualidade do Estado e da sociedade,estendendo sua esfera de exercício à totalidade da vida de uma coletividade.p.21
• Principio da chamada democracia: torna-se o princípio abrangente da modernidade tomada como uma totalidade histórica e mundial,a qual se opõe apenas o nome judeu como princípio da tradição humana preservada.p.22
• Terror revolucionário: necessidade inerente à própria essência da revolução democrática.p.24
• Democracia parlamentar e liberal:fundamentada na restrição do Estado e na defesa das liberdades individuais e democracia racial e igualitária,que sacrifica os direitos dos indivíduos à religião do coletivo e à fúria cega das multidões.p.24
• Revolução:consequência do pensamento das luzes e de seu primeiro,a doutrina protestante, que eleva o julgamento dos indivíduos isolados em vez das estruturas e das crenças coletivas.p.25
• Direitos humanos (Hannah Harendt): uma ilusão,porque são os direitos do homem nu,desprovido de direitos.p.27 • Estado de exceção (Agamben):conteúdo real da nossa democracia.p.27
• Direitos do homem: direitos dos indivíduos egoístas da sociedade burguesa.p.28
• Generalização das relações mercantis: realização da exigência febril de igualdade que atormenta os indivíduos democráticos e arruína a busca do bem comum encarnada no Estado.p.28
• Democracia providencial:
1. Relações contratuais entre indivíduos iguais.p.28
2. Banalização das praticas profissionais.p.29
• Profissões que instituíam uma forma aos valores coletivos:são afetadas pelo esgotamento da transcendência coletiva.p.29
• Burguesia:substituiu as numerosas liberdades,conquistadas duramente,por uma única liberdade sem escrúpulos, a do comércio.p.30
• Igualdade dos direitos humanos:traduz a igualdade da relação de exploração que é o ideal consumado dos sonhos do homem democrático.p.31
• Discussão sobre a escola: fracasso da instituição escolar em dar chances iguais às crianças oriundas das classes mais modestas.p.36
• Transmissão escolar do saber: evidenciação das desigualdades sociais (tese sociológica).p.37
Tese republicana: aproximar a escola da sociedade era torna-la mais homogênea com a desigualdade social.p.37
• Escola:trabalhava pela igualdade na estrita medida em que,abrigada pelos muros que a separavam da sociedade,podia se dedicar à tarefa que lhe era própria:distribuir igualmente a todos,sem considerar origem ou destinação social,o universal dos saberes.p.37
• Discurso intelectual dominante:une-se ao pensamento das elites censitárias e cultas do sec. XIX:a individualidade é uma coisa boa para as elites,torna-se um desastre para a civilização se a ela todos tem acesso.p.42
• República:não é originalmente o nome do governo da lei, do povo ou de seus representantes. A República é,desde Platão,o nome do governo que garante a reprodução do rebanho humano,protegendo-o contra o inchaço de seus apetites por bens individuais ou poder coletivo.p.44
• Aflição dos indivíduos democráticos: é a dos homens que perderam a medida pela qual um pode se conciliar com o múltiplo e uns podem se unir com todos.p.45

A POLÍTICA OU O PASTOR PERDIDO

Para o exercício da democracia, torna-se necessária a figura dos representantes da população que ocuparão seus lugares privilegiados na medida em que a democracia garantir a ordem da sociedade e do governo. A governabilidade,que Maquiavel definiria como o virtu e as condições para exercício do poder, Rancière define como a ausência de qualquer título para que seja exercido o poder, segundo a ordem natural das coisas (RANCIÈRE,2014).Deste modo,a igualdade é compreendida de forma muito mais natural pelo superior, ou governante,do que pelo governado.a democracia se baseia assim em um regime de desigualdade pautado pela ausência de motivos ou títulos para a escolha de quem governará. O fundamento do poder está assim definido "como uma total ausência de fundamento." (RANCIÈRE,2014,p.66)

• Crime democrático: crime político,isto é,simplesmente a organização de uma comunidade humana sem vinculo com o Deus pai.p.47
• Lei democrática (Platão): apenas o bel prazer do povo,a expressão da liberdade de indivíduos que tem como única lei as variações de seu humor e de seu prazer, indiferentes a qualquer ordem coletiva.p.50
• Inversão entre governante e governado: a democracia garante que essa relação seja homogênea com as outras.p.53
Garante a continuidade entre a ordem da sociedade e do governo,porque garante sobretudo a continuidade entre a ordem da convenção humana e a da natureza.p.53
Arkhé: significa em grego tanto começo quanto comando.p.53
• Democracia:quer dizer em primeiro lugar,um governo anárquico,fundamentado em nada mais do que na ausência de qualquer título para governar.p.57
• Representação do povo soberano por seus eleitos:simbiose entre a elite dos eleitos do povo e a elite daqueles que nossas escolas formaram no conhecimento do funcionamento das sociedades.p.57
• Governo justo:só existe com o que contradiz a identificação do exercício do governo com o exercício de um poder desejado e conquistado.p.59
• Título (dos governantes): produz um efeito retroativo sobre o outros,uma dúvida sobre o tipo de legitimidade que eles estabelecem.p.60
• Ordem natural das coisas:os homens são governados por aqueles que possuem os títulos para governá-los.p.62
• Poder dos melhores: só pode se legitimar pelo poder dos iguais.p.64
• Igualdade:não é uma ficção: todo superior a sente como a mais banal das realidades.p.64
• Sociedade não igualitária: só pode funcionar graças a uma multitude de relações igualitárias.p.65
• Política:para que haja política é preciso que haja um título de exceção, que se acrescente aqueles pelos quais as sociedades [...] são normalmente regidas.p.65
Fundamento do poder de governar em sua ausência de fundamento.p.66

DEMOCRACIA, REPÚBLICA, REPRESENTAÇÃO

Mergulhando no conceito de República, Rancière vai reafirmar em seu discurso a ideia de que não há objetivo igualitário na sociedade democrática. Ao contrario,esta é "pintura fantasiosa destinada a sustentar tal princípio do bom governo.as sociedades, tanto no presente quanto no passado, são organizadas pelo jogo das oligarquias (RANCIÈRE,2014.p.68) Assim sendo, vai além do que Sodré, Paiva e Maffesoli definem como crise da representação.Para Rancière, a representação nunca foi uma forma democrática,mas em antítese, seria uma forma essencialmente oligárquica que encerraria em seu íntimo,tal qual o leviatã hobbesiano, o consentimento do povo para que um poder superior o governe.Nesse mesmo viés o autor francês aponta para mais um elemento do "imaginário democrático", o sufrágio universal", como um bastião do poder conquistado pela oligarquia dos escolhidos,cujo modo configura e perpetua as práticas sociais que garantem sua permanência no poder e o consentimento daqueles que são taxados como cidadãos.Logo,a cidadania não é um direito natural inerente ao humano na república,mas uma condição limitada a todo sujeito "capaz de pagar o censo (RANCIÈRE,2014,p.76) e manter viva a república.Mas como perpetuar o ideário republicano?Rancière afirma que a república se mantém tal como está não só pelas leis mas pelos costumes republicanos, que,sugere-se, são formatados pela educação.De fato,o autor francês localiza a educação como espaço que "dota cada pessoa e cada classe da virtude própria a seu lugar e sua função” (RANCIÈRE,2014,p.83).Assim , ao adentrar na escola,cada aluno introjetará seu lugar no cenário social,definindo-se de antemão não só a quem caberá representá-los,mas também no consentimento prévio dessa representação.

• Escândalo democrático: consiste em revelar que não haverá jamais com o nome de política um princípio uno da comunidade que legitime a ação dos governantes a partir das leis inerentes ao agrupamento das comunidades humanas.p.67
• Sociedade democrática:pintura fantasiosa destinada a sustentar tal ou tal principio do bom governo.as sociedades, tanto no presente quanto no passado, são organizadas pelo jogo das oligarquias.p.68
• Representação:nunca foi um sistema inventado para amenizar o impacto do crescimento das populações.p.69
1. É uma forma oligárquica, uma representação das minorias que tem titulo para se ocupar dos negócios comuns.p.69
2. Expressão de um consentimento que um poder superior pede e que só é de fato consentimento na medida em que é unanime.p.70
3. É o exato oposto da democracia.p.70
• Sufrágio universal:não é em absoluto uma consequência natural da democracia.p.71
Forma mista,nascida da oligarquia, desviada pelo combate democrático e perpetuamente reconquistada pela oligarquia,que submete seus candidatos e às vezes suas decisões à escolha do corpo eleitoral.p.71
• Democracia: longe de ser a forma de vida dos indivíduos empenhados em sua felicidade privada, é o processo de luta contra essa privatização, processo de ampliação dessa esfera.p.72
• Ampliar a esfera pública: não significa ,como afirma o chamado discurso liberal, exigir a intervenção crescente do Estado na sociedade.Significa lutar contra a divisão do público e do privado que garante a dupla dominação da oligarquia no estado e na sociedade.p.72
• Povo soberano:o é somente na ação de seus representantes e de seus governantes.p.74
• Cidadãos ativos:capazes de pagar o censo.p.76
• Direitos humanos:direitos do cidadão,isto é,direitos dos que tem direitos.p.77
• Processo democrático: ação de sujeitos que, trabalhando no intervalo das identidades,reconfiguram as distribuições do privado e do público, do universal e do particular.p.80
Deve constantemente trazer de volta ao jogo o universal em uma forma polêmica.p.81
• Universal:continuamente privatizado, continuamente reduzido a uma divisão do poder entre nascimento, riqueza e competência que atua tanto no Estado quanto na sociedade.p.80
• República:termo ambíguo, perseguido pela tensão implicada pela vontade de incluir nas formas instituídas do político o excesso da política.p.82
1. Precisa não somente das leis mas dos costumes republicanos.a republica é um regime de homogeneidade entre as instituições do Estado e dos costumes da sociedade.p.82
2. Remonta a politeia platônica.[.] é o reino da igualdade geométrica,que coloca os que valem mais acima dos que valem menos.p.83
3. Trabalho de uma educação que harmonize ou rearmonize as leis e os costumes,o sistema das formas institucionais e a disposição do corpo social.p.84 • Educação: dota cada pessoa e cada classe da virtude própria a seu lugar e sua função.p.83
• Ensino republicano:separa claramente as duas funções da escola pública:transmitir ao povo o que lhe é útil e formar uma elite capaz de se elevar acima do utilitarismo a que estão fadados os homens do povo.p.86
• Crítica ao individualismo democrático: simplesmente o ódio à igualdade pelo qual uma intelligentsia dominante confirma que é a elite qualificada para dirigir o cego rebanho.p.88
• Distribuição dos saberes tem eficácia social somente na medida em que é também uma redistribuição das posições.p.88
• Governo da ciência: condenado a ser o governo das elites naturais,no qual o poder social das competências científicas se combina com os poderes sociais do nascimento e da riqueza,arriscando-se a suscitar mais uma vez a desordem democrática que desloca a fronteira do político.p.89

AS RAZÕES DE UM ÓDIO

Tentando compreender as razão do ódio à democracia,Rancière define todo o Estado como sendo, por princípio,oligárquico (2014).Sendo assim,a democracia nada mais é do que um lugar onde há espaço para que as paixões de liberdade sejam alimentadas. Para o funcionamento deste regime democrático, de viés liberalista,é necessário que exista uma cultura do consenso, fortalecida pela inter-relação entre os especialistas em soluções e os representantes qualificados (2014).Rancière chama esta relação também de aliança oligárquica da riqueza e da ciência, onde se "exige todo o poder e não admite que o povo ainda possa se dividir e se multiplicar".(2014,p.100) e reconhece que não há neste caso enfraquecimento dos estados,mas uma nova partilha dos poderes que "tende bem mais para o fortalecimento dos Estados do que para seu enfraquecimento” (RANCIÈRE,2014,p.105).È com este argumento que Rancière vai localizar o ódio à democracia,vista como um operador ideológico, por negar as formas de poder e controle que fazem do sistema democrático um sistema de dominação de muitos por poucos escolhidos, os tais representantes.A solução, para o autor,estaria na ação que tensionaria o poder constituído do regime republicano e ,por assim dizer,representacional.Esta ação,"Não se fundamenta em nenhuma natureza das coisas e não é garantida por nenhuma forma institucional.Não é trazida por nenhuma necessidade histórica e não traz nenhuma.Esta entregue apenas à constância de seus próprios atos.p.122.

• Estado:todo estado é oligárquico.p.92
• Oligarquia:dá a democracia mais ou menos espaço,é mais ou menos invadida por sua atividade.p.92
• Estados de direito oligárquicos:em que o poder da oligarquia é limitado pelo duplo reconhecimento da soberania popular e das liberdades individuais.p.94
• Liberdades dos indivíduos: são respeitadas a custa de notáveis exceções em tudo que diga respeito à proteção das fronteiras e à segurança do território.p.94
• Democracia:oligarquia que dá a democracia espaço suficiente para alimentar sua paixão.p.95
• Cultura do consenso: habitua a objetivar sem paixão os problemas de curto e longo prazo que as sociedades encontram,a pedir soluções aos especialistas e discutí-las com os representantes qualificados dos grandes interesses sociais.p.96
• Soberania popular: maneira de discutir o excesso democrático,transformar em arkhé o principio anárquico da singularidade política, o governo dos que não tem título para governar.p.97
• Autoridade dos nossos governantes:legitimada,de um lado, pela virtude da escolha popular e,de outro,pela capacidade dos governantes de escolher as soluções certas para os problemas da sociedade.p.100
• Aliança oligárquica da riqueza e da ciência:exige todo o poder e não admite que o povo ainda possa se dividir e se multiplicar.p.100
• Populismo:formas de secessão em relação ao consenso dominante.p.101
• Grande aspiração da oligarquia:governar sem povo,governar sem política.p.102
• Liberalismo:não precisa de constituição [...].Basta que ele tenha liberdade para operar.p.104
• Nova partilha dos poderes entre capitalismo internacional e Estados Nacionais: tende bem mais para o fortalecimento dos Estados do que para seu enfraquecimento.p.105
• Consumidor democrático: se opõe ao reino das oligarquias financeiras e estatais.p.112
• Democracia:esquecida toda a política, a palavra democracia torna-se então o eufemismo que designa um sistema de dominação .p.112
• Discurso antidemocrático dos intelectuais de hoje: arremata ao esquecimento consensual da democracia pelo qual trabalham a oligarquia estatal e a econômica.p.116
• Novo ódio à democracia:faz da palavra democracia um operador ideológico que despolitiza as questões da vida publica para transforma-la em fenômenos de sociedade,ao mesmo tempo em que nega as formas de dominação que estruturam a sociedade.p.117
• Ódio:visa a intolerável condição igualitária da própria desigualdade.p.119
• Poder estatal e poder da riqueza: conjugam-se em uma única e mesma gestão especializada dos fluxos de dinheiro e populações.eles se empenham juntos para reduzir os espaços da política.p.120
• Democracia de fato: é a ação que arranca continuamente dos governos oligárquicos o monopólio da vida e da riqueza a onipotência sobre a vida.ela é potencia que,hoje mais do que nunca, deve lutar contra a confusão desses poderes em uma única e mesma lei da dominação.p121
Não se fundamenta em nenhuma natureza das coisas e não é garantida por nenhuma forma institucional.não é trazida por nenhuma necessidade historia e não traz nenhuma.esta entregue apenas à constância de seus próprios atos.p.122
Sobre o autor:
O filósofo Jacques Rancière, 55, hoje um dos principais nomes do pensamento francês, iniciou sua vida intelectual —e política— como marxista althusseriano e militante de extrema-esquerda. O movimento de maio de 1968 na França fez com que ele começasse a se distanciar de Marx e especialmente de Louis Althusser, mas não o levou a abandonar o projeto de pensar uma política radical.
fonte: http://almanaque.folha.uol.com.br/entrevista_filosofia_jacques_ranciere.htm

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